Conheça 5 oficinas de inclusão digital em Florianópolis

Oficinas ajudam pessoas em vulnerabilidade social e contribuem para a luta pela dignidade; veja como

O poder público é um conjunto de órgãos responsáveis por garantir as funções do Estado e os direitos das pessoas dentro de uma sociedade. O Estado é constituído por poder, povo, território, governo e leis, mas o funcionamento do que é de responsabilidade dos governos federal, estaduais e municipais também depende muito das parcerias com empresas e entidades sem fins lucrativos, como as oficinas de projetos sociais.

Conheça 5 oficinas de inclusão digital em FlorianópolisCrianças participantes da Associação de Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (ACAM), oficina parceira de rede municipal de Florianópolis – Foto: Divulgação/its Teens

Em Florianópolis não é diferente. Conforme dados da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, existem no município mais de 34 mil famílias cadastradas, das quais 63,6% têm renda de até meio salário mínimo per capita. A estimativa é de que 25 mil crianças e adolescentes vivam em situação de vulnerabilidade social.

Por isso, diversas instituições – como essas cinco que vamos conhecer agora – fazem da luta pela dignidade da população a sua missão.

1. Associação Gente Amiga

A Associação Gente Amiga tem 18 anos de atuação no bairro da Agronômica e desenvolve, dentro do Projeto Construção do Ser, trabalhos educacionais, esportivos e sociais com 90 crianças e adolescentes de seis a 15 anos de idade.

Tudo isso é feito com ações que estimulam o desenvolvimento pessoal e social das crianças e de seus familiares, contribuindo para a cidadania plena.

O atendimento é feito no horário inverso ao da escola, desenvolvendo atividades lúdicas e educativas, tais como oficinas de apoio pedagógico, informática, educação física, horta e percussão.

O impacto é proporcionar, na comunidade, uma abertura de oportunidade para um segmento da população que precisa ter seus direitos garantidos, desenvolvendo as múltiplas dimensões humanas das crianças, adolescentes e suas famílias, contribuindo para a construção de uma visão mais ampla da realidade em que estão inseridos e oferecendo uma experiência que favoreça a ampliação e fortalecimento de vínculos sociais e culturais.

2. Programa EducArte

Localizado também na Agronômica, o Programa EducArte é um serviço para crianças e adolescentes de seis a 15 anos de idade com atividades em arte, cultura e esporte como formas de expressão, interação e proteção social.

O espaço oferece oficinas pedagógicas de ritmos e expressões, musicalização, corpo e movimento, saberes, mídia e cidadania, arte e ação, capoeira e apoio pedagógico. Para atender a essa demanda, há espaços como sala de informática, biblioteca e brinquedoteca, quadra poliesportiva, deck, sala de música e de artes, entre outros.

O atendimento prestado pelo Programa EducArte exerce impacto relevante na realidade social dessas crianças e adolescentes, pois grande parcela destas famílias apresentam um perfil socioeconômico predominante de baixa renda familiar, condições precárias de moradia, baixo nível de escolaridade e alto grau de vulnerabilidade.

Durante a permanência no programa, são acompanhados pela equipe de profissionais, recebem refeições diárias e desenvolvem as habilidades por meio das atividades promovidas ao longo do ano.

3. Casa da Criança do Morro da Penitenciária

Localizada no Morro da Penitenciária, na região central de Florianópolis, a Casa da Criança atende 150 crianças e adolescentes entre seis e 17 anos, prioritariamente estudantes da rede municipal de Florianópolis, com oficinas que buscam o desenvolvimento integral focado na aprendizagem das crianças e adolescentes.

Para isso, conta com a parceria de diversas instituições de ensino superior públicas, empresas, órgãos públicos e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que montam uma rede de apoio ao trabalho realizado.

Assim, as crianças e adolescentes do Morro da Penitenciária e entorno podem participar dos projetos e oficinas, oito ao todo: artes visuais e artesanato, apoio pedagógico, esportes e jogos, diversidade e sustentabilidade, dança, música, informática e inclusão digital e arte marcial.

4. Associação de Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (ACAM)

Criada nos anos 80, a Associação de Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó (ACAM) está localizada em uma das comunidades mais tradicionais de Florianópolis, o Morro do Mocotó, no Centro da cidade.

Ela é uma OSC que desenvolve ações para crianças e adolescentes do morro, localizado no complexo do Maciço do Morro da Cruz, na Prainha. Vale ressaltar que a ACAM é uma Instituição que faz parte do Instituto Padre Vilson Groh (Rede IVG).

Atendendo crianças e adolescentes dos seis aos 17 anos, as atividades são de projetos que envolvem a cultura popular, educação esportiva, educação digital, artes visuais, música, artes cênicas, jogos e brincadeiras, educação ambiental e direitos humanos. Hoje contam com oito oficinas: slackline, percussão, canto, dança, teatro, educação digital, educação esportiva e reforço pedagógico.

Por meio dessas ações ao longo de 40 anos, hoje a comunidade tem médicos, engenheiros, pedagogos, administradores, funcionários públicos, assistentes sociais, microempresários na área da beleza, na área da alimentação, entre outros profissionais.

5. Centro de Educação Popular

Também do Instituto Padre Vilson Groh (Rede IVG), o Centro de Educação Popular (CEDEP) fica no bairro Monte Cristo, área continental da Capital. Cerca de 300 crianças e adolescentes dos seis aos 17 anos são atendidos regularmente em 2022.

Ampliando à comunidade, mais de oito mil pessoas foram contempladas pelas ações do espaço, que vão dos atendimentos diários das crianças às ações que envolvem toda a comunidade, como as oficinas de empreendimento para mulheres ou os eventos culturais abertos (Projeto Cultivando a Comunidade).

Dentre as oficinas oferecidas regularmente às crianças e adolescentes atendidos, estão diversas áreas, que vão das oficinas de apoio pedagógico no horário inverso ao da escola aos esportes e artes, incluindo roda de conversa, artes literárias, capoeira, dança, letramento, educação ambiental, música, teatro, educação tecnológica e educomunicação, skate e artes marciais.

Além disso, também há saídas pedagógicas para adolescentes a partir dos 12 anos, como forma de ampliar o conhecimento e perspectivas, assim como as oficinas de iniciação profissional – com mais de 50 pessoas inseridas no mercado de trabalho  – além de cursos de capacitação oferecidos.

Participe do grupo e receba as principais notícias
da Grande Florianópolis na palma da sua mão.

Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.

+

Revista its teens

Loading...